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Análise de Coliformes em Reservatórios de Água: Guia Completo para Garantir a Qualidade e a Saúde

Introdução


Análise de coliformes em reservatórios não é apenas uma exigência legal; é uma medida crítica de saúde pública que protege famílias e comunidades de doenças graves.


A qualidade da água que consumimos está diretamente ligada ao nosso bem-estar.


Embora a água tratada pelas concessionárias passe por rigorosos controles, o armazenamento em reservatórios particulares representa um ponto vulnerável onde a contaminação pode ocorrer.


Este post explica de forma técnica, porém acessível, por que a análise da presença de bactérias coliformes é indispensável para a segurança de quem utiliza a água armazenada em caixas d'água e reservatórios.


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📊 O que são Bactérias Coliformes e Por que São um Bioindicador Chave


As bactérias coliformes funcionam como "sinalizadores" da qualidade da água. Elas são um grupo de bactérias dividido em duas categorias principais que nos dão informações valiosas sobre a potabilidade da água.


  • Coliformes Totais: Este grupo é mais amplo e pode ser encontrado no solo, na vegetação e no ambiente em geral . A presença de coliformes totais na água, por si só, não significa necessariamente que há contaminação fecal, mas é um forte indicativo de que as condições de proteção do reservatório podem estar comprometidas, permitindo a entrada de sujidades externas . É um primeiro alerta de que algo pode estar errado.

  • Coliformes Termotolerantes (ou Fecais): Este é um subgrupo dos coliformes totais que tem uma importância sanitária muito maior. Eles são especificamente associados ao trato intestinal de animais de sangue quente, incluindo humanos . Sua presença na água é um indicador direto de contaminação fecal recente, sugerindo a possível existência de patógenos (organismos causadores de doenças) que podem ter origem nas fezes.


Dentro do grupo dos coliformes termotolerantes, a Escherichia coli (E. coli) é a espécie mais emblemática.


Considerada o melhor indicador de poluição fecal, sua detecção confirma que a água entrou em contato com dejetos e que há um risco potencial à saúde.


A presença de E. coli sinaliza que o reservatório não está integro e que a saúde dos usuários pode estar em perigo.



⚠️ Os Riscos à Saúde e a Importância do Monitoramento Contínuo


A principal razão para monitorar os coliformes é proteger a saúde pública. A ingestão de água contaminada por coliformes fecais pode ser a porta de entrada para uma série de doenças, sobrecarregando os serviços de saúde e causando sérios prejuízos.


A tabela abaixo resume as principais doenças associadas à contaminação da água por patógenos de origem fecal:


Doença/Condição

Sintomas Principais

Grupo de Risco

Diarreia, náuseas, vômitos, dores abdominais

Crianças, idosos e imunossuprimidos

Diarreia aquosa e profusa, desidratação severa

Populações com acesso limitado a saneamento

Febre Tifoide

Febre alta, dor de cabeça, mal-estar, constipação ou diarreia

Indivíduos em áreas endêmicas

Hepatite A

Febre, cansaço, náusea, icterícia (pele e olhos amarelados)

Pessoas não vacinadas

Infecções por E. coli enteropatogênicas

Diarreia (que pode ser sanguinolenta), cólicas severas

Crianças e adultos com sistema imunológico debilitado


A desidratação causada por diarreias graves, especialmente em crianças e idosos, pode ser fatal se não for tratada rapidamente.


O monitoramento de coliformes, portanto, não é um mero formalismo, mas uma ferramenta de prevenção fundamental.



🔍 Métodos de Análise: Como é Feita a Detecção de Coliformes


A detecção desses microrganismos em laboratório segue métodos padronizados que garantem a confiabilidade dos resultados.


As amostras de água devem ser coletadas em frascos estéreis e mantidas sob refrigeração (cerca de 4°C) até a análise, que idealmente deve ocorrer em até 24 horas após a coleta.


Os dois métodos principais são:



Método dos Tubos Múltiplos (NMP - Número Mais Provável)


Esta é uma técnica tradicional e muito utilizada . Ela é dividida em duas etapas:


1. Fase Presuntiva: Alíquotas da amostra são transferidas para tubos de ensaio contendo caldo lauril triptose. Os tubos são incubados e observados por 24 a 48 horas. A formação de gás e a mudança de cor (para amarelo) indicam um resultado positivo presuntivo para coliformes totais.


2. Fase Confirmativa: Os tubos positivos na fase presuntiva são repicados para um outro meio de cultura, como o caldo verde brilhante. Novamente, após incubação, a produção de gás confirma a presença de coliformes totais. Para confirmar coliformes termotolerantes ou E. coli, são necessárias etapas adicionais com meios de cultura e temperaturas específicas. Com base no número de tubos positivos em diferentes diluições, consulta-se uma tabela estatística para determinar o "Número Mais Provável" (NMP) de microrganismos na amostra.



Filtração por Membrana


Neste método, um volume conhecido da amostra de água é filtrado através de uma membrana com poros tão pequenos que retêm as bactérias.


A membrana é então colocada em um meio de cultura seletivo em uma placa de Petri e incubada.


Após o período de incubação, as colônias de coliformes que crescem na superfície da membrana são contadas diretamente, e o resultado é expresso em Unidades Formadoras de Colônia (UFC) por 100mL.


Técnicas moleculares, como a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), também vêm ganhando espaço por sua rapidez e precisão, permitindo a detecção direta do material genético dos coliformes.



🛡️ Medidas Práticas: O que Fazer se a Análise Apontar Contaminação


Um resultado de análise que confirma a presença de coliformes, especialmente os termotolerantes, exige ações imediatas para proteger a saúde dos usuários.


  • Para Água de Poços Artesianos: A contaminação frequentemente está relacionada a falhas na infraestrutura ou no tratamento. Verifique se os sistemas de filtração e cloração estão funcionando corretamente. Investigue se há entradas de água superficial ou fissuras no poço que permitam a infiltração de contaminantes. Uma inspeção detalhada da estrutura do poço é essencial para identificar e corrigir falhas.


  • Para Água da Concessionária (Rede Pública): Se a contaminação for detectada em amostras coletadas na entrada do cavalete (após o hidrômetro), o problema pode ser da rede distribuidora. Neste caso, entre em contato imediatamente com a concessionária de água local para notificá-la. Se a contaminação for encontrada apenas dentro da edificação, a causa é interna.


  • Ação Universal e Crucial: Limpeza e Higienização do Reservatório: Independentemente da fonte de água, a contaminação por coliformes frequentemente está associada a reservatórios sujos ou com biofilmes. A limpeza e higienização periódica é a medida mais eficaz para resolver o problema. O processo deve incluir esvaziamento, limpeza mecânica das paredes e fundo, remoção de resíduos, aplicação de agente desinfetante (como hipoclorito de sódio) e enxágue. É fundamental que a empresa contratada utilize tecnologias que removam não apenas a sujeira solta, mas também os biofilmes – comunidades de microrganismos protegidas por uma matriz que os tornam resistentes ao cloro. Após a limpeza, uma nova análise de água deve ser realizada entre 4 e 8 dias depois para atestar a eficácia do serviço e a potabilidade da água.



📜 Conformidade Legal: A Legislação Brasileira sobre Coliformes na Água


No Brasil, o padrão de potabilidade da água para consumo humano é estabelecido pelo Ministério da Saúde, atualmente por meio da Portaria de Consolidação Nº 5, de 2017 (que consolida as regras anteriores, como a Portaria MS nº 518/2004) .


O requisito microbiológico é claro e inequívoco: para ser considerada potável, a água deve apresentar ausência de coliformes termotolerantes (ou E. coli) em 100 mL de amostra. O padrão para coliformes totais também é a ausência em 100 mL.


Essa exigência se aplica a todas as formas de abastecimento, incluindo a água que chega aos reservatórios das residências e empresas.


Além disso, muitas cidades possuem leis específicas que tornam obrigatória a limpeza periódica de reservatórios (geralmente a cada seis meses), como é o caso da Lei Municipal nº 6.673/1994, em Belo Horizonte.


Seguir essa periodicidade não é apenas cumprir a lei, é agir com responsabilidade para manter a saúde de todos os usuários do edifício.


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💡 Conclusão


A análise da presença de coliformes em reservatórios de água é um procedimento técnico indispensável, que vai muito além de uma simples verificação.


É uma ferramenta de prevenção que assegura a qualidade da água que será consumida, utilizada no preparo de alimentos e para a higiene pessoal.


Ignorar esse monitoramento é expor famílias, colaboradores e a comunidade a riscos desnecessários de contrair doenças de veiculação hídrica.


A gestão responsável da água armazenada envolve um ciclo virtuoso: limpeza periódica profissional dos reservatórios seguida da análise laboratorial da água para validação da potabilidade.


Este é o caminho mais seguro para garantir que a água que sai das torneiras seja, de fato, um veículo de saúde e não de doença.



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❓ Perguntas Frequentes (FAQ)


🏠 Com que frequência devo analisar a água do meu reservatório?

Recomenda-se que a análise seja feita pelo menos a cada seis meses, idealmente após cada ciclo de limpeza e higienização do reservatório . Em situações de suspeita de contaminação (como após enchentes ou obras no sistema hidráulico), uma análise extra deve ser realizada imediatamente.


🚰 A água da concessionária já não é tratada? Por que meu reservatório pode contaminar?

Sim, a água fornecida pela concessionária é tratada e clorada. No entanto, durante o armazenamento em reservatórios, fatores como a perda do cloro residual, a entrada de poeira, insetos ou outros animais, e o acúmulo de sedimentos podem criar um ambiente propício para a contaminação e a formação de biofilmes . O reservatório é um ponto crítico que precisa de manutenção independente.


🦠 A presença de coliformes totais sempre significa que a água está perigosa?

Não necessariamente, mas é um sinal de alerta importante. Os coliformes totais podem ser de origem ambiental. No entanto, sua presença indica que as barreiras de proteção do reservatório foram violadas. Se microrganismos ambientais conseguiram entrar, há uma rota aberta para que patógenos mais perigosos também possam entrar. A água deve ser considerada de qualidade suspeita até que uma investigação seja feita.


🔬 Qual a diferença entre os testes caseiros e uma análise laboratorial?

Testes caseiros rápidos podem dar uma indicação preliminar, mas são muito menos confiáveis e precisos do que uma análise feita em um laboratório acreditado. Os laboratórios utilizam métodos padronizados e validados (como NMP ou filtração por membrana), equipamentos calibrados e técnicos especializados para fornecer um resultado preciso e juridicamente válido, essencial para a tomada de decisões seguras .



 
 
 

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