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Análise de Coliformes na Água: Por que Ela é Essencial para a Segurança, Potabilidade e Saúde Pública

Introdução: por que a análise de coliformes na água é tão importante?


Água é um insumo fundamental para a vida, mas sua qualidade não pode ser avaliada apenas por cor, cheiro ou sabor.


Contaminações microbiológicas são invisíveis, podem ocorrer a qualquer momento no percurso entre a fonte e o ponto de consumo e, quando presentes, apresentam potencial para gerar infecções de veiculação hídrica, surtos, problemas gastrointestinais e diversos agravos à saúde.


Nesse contexto, a comunidade científica estabeleceu indicadores microbiológicos mundialmente utilizados para monitorar a integridade sanitária da água.


Entre eles, os coliformes são especialmente importantes devido à sua ubiquidade, facilidade de detecção e forte relação com práticas sanitárias inadequadas ou presença de contaminação fecal.


Mesmo que o consumidor final não tenha contato direto com essa terminologia, entender o conceito de coliformes é essencial para tomar decisões informadas sobre a qualidade da água consumida no dia a dia.


Isso vale tanto para residências abastecidas por sistemas públicos quanto para quem depende de poços, nascentes, caminhões-pipa, reservatórios particulares ou sistemas próprios de tratamento.


Assim, a análise de coliformes se tornou uma etapa indispensável para:


  • Avaliação de potabilidade da água;

  • Atestação de segurança de sistemas de abastecimento;

  • Monitoramento da eficiência de processos de desinfecção;

  • Diagnóstico de contaminantes microbiológicos em águas industriais;

  • Identificação de contaminações pontuais ou persistentes;

  • Preservação da saúde pública.


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O que são coliformes? Entendendo os indicadores microbiológicos


O termo “coliformes” não se refere a uma única espécie de bactéria, mas a um grupo de micro-organismos classificados com base em características fisiológicas e bioquímicas.


Esse grupo inclui bactérias capazes de fermentar lactose com produção de gás em uma temperatura específica e dentro de um intervalo de tempo determinado — um comportamento que permite sua detecção laboratorial.


Do ponto de vista prático, utilizam-se três categorias principais:



Coliformes totais


Representam um grupo mais amplo, presente no ambiente natural, incluindo solos, vegetação, águas superficiais, águas subterrâneas e também no trato intestinal de animais e seres humanos.


Principais gêneros incluídos:


  • Enterobacter

  • Klebsiella

  • Citrobacter

  • Algumas espécies de Escherichia



A presença de coliformes totais não indica necessariamente contaminação fecal, mas pode sinalizar:


  • Falhas na etapa de desinfecção;

  • Entrada de matéria orgânica no sistema;

  • Problemas estruturais em reservatórios, caixas d’água ou redes de distribuição;

  • Contato com biofilmes, sedimentos ou lama;

  • Contaminação ambiental pós-tratamento.



Por isso, coliformes totais são usados como indicadores de integridade sanitária do sistema.



Coliformes termotolerantes (fecais)


Subconjunto dos coliformes totais. São capazes de fermentar lactose em temperatura mais elevada, normalmente 44,5 °C, o que indica sua origem predominantemente fecal.


Entre eles, destaca-se a Escherichia coli, considerada o principal indicador de contaminação fecal recente.


A presença de coliformes termotolerantes aponta para:


  • Contaminação por fezes humanas ou animais;

  • Entrada recente de esgoto;

  • Infiltração em poços e minas d’água;

  • Contaminação na rede após eventos de enchentes ou acidentes.



Escherichia coli (E. coli)


É o indicador mais específico e confiável de contaminação fecal em água. Sua presença significa, sem margem de dúvida, que houve entrada de material fecal fresco no corpo hídrico, indicando elevado risco de presença de patógenos.


Sua detecção implica:


  • Necessidade de intervenção imediata;

  • Risco de infecções gastrointestinais e enteropatogênicas;

  • Indicação de práticas sanitárias inadequadas;

  • Falhas severas na proteção da fonte de água.



Métodos de análise de coliformes: como o laboratório identifica esses micro-organismos


A análise de coliformes segue protocolos amplamente difundidos, reconhecidos e validados em normas nacionais e internacionais, como APHA, Standard Methods, ISO e metodologias amparadas pela legislação brasileira.


Os três métodos mais utilizados são:



Método do Número Mais Provável (NMP)


É um método tradicional baseado em testes bioquímicos realizados em tubos de cultura.


A água é distribuída em diferentes diluições e incubada em meios específicos. A produção de gás indica a possível presença de coliformes, que depois é confirmada.


Aplicações:


  • Análise de águas com baixa turbidez;

  • Monitoramento de poços e nascentes;

  • Amostras com sedimentos que dificultam filtração.



Vantagens:


  • Amplamente confiável;

  • Permite análise de diferentes diluições;

  • Amplamente aceito em legislações.



Filtração por membrana


A água é filtrada através de uma membrana de porosidade muito pequena (normalmente 0,45 μm), que retém as bactérias.


A membrana é então incubada sobre um meio seletivo que diferencia coliformes totais, termotolerantes e E. coli.


Vantagens:


  • Maior precisão;

  • Permite contagem direta de colônias;

  • Resultados mais rápidos;

  • Menor risco de falso positivo.



Aplicações:


Águas tratadas, monitoramento de ETA (Estação de Tratamento de Água) e redes de distribuição.



Testes cromogênicos e enzimáticos


Utilizam meios modernos que mudam de cor na presença de enzimas características do grupo coliforme. São rápidos, práticos e de alta acurácia.


Aplicações:


  • Indústrias;

  • Monitoramento rápido de campo;

  • Ambientes com necessidade de resultados imediatos.



Fatores que influenciam a precisão dos resultados


Para garantir um laudo tecnicamente confiável, alguns cuidados são essenciais:


  • Amostragem correta (frascos estéreis, sem enxágue prévio, uso de tiossulfato em águas cloradas).

  • Transporte adequado, com temperatura controlada.

  • Tempo entre coleta e análise (idealmente até 6 horas).

  • Incubação em temperaturas padronizadas.

  • Interpretação técnica feita por profissionais capacitados.



Padrões de potabilidade da água no Brasil


No Brasil, a referência legal é a Portaria GM/MS nº 888/2021, que estabelece padrões de potabilidade para águas destinadas ao consumo humano.


Segundo a legislação:


  • Coliformes termotolerantes ou E. coli devem estar ausentes em 100 mL de água tratada.

  • Para água subterrânea, alguns contextos permitem investigação complementar antes de reprovação definitiva, considerando possíveis coliformes ambientais.

  • A presença de coliformes totais pode ser tolerada em algumas etapas do sistema, mas não no ponto de consumo.


O que significa cada resultado?


  1. Ausência de E. coli


    → Água microbiologicamente segura quanto à contaminação fecal.


  2. Presença de coliformes totais e ausência de E. coli


    → Indica possível recontaminação pós-tratamento, problemas de manutenção, biofilme ou incrustações.


  3. Presença de coliformes termotolerantes ou E. coli


    → Reprovação imediata da água; necessidade de ação corretiva urgente.



Riscos à saúde associados à contaminação


Água contaminada por coliformes fecais pode conter micro-organismos patogênicos responsáveis por doenças como:


  • Gastroenterites;

  • Infecções intestinais;

  • Febre, vômitos e diarreias intensas;

  • Doenças de veiculação hídrica;

  • Infecções em populações vulneráveis.



Embora nem todo coliforme cause doença, sua presença é um “alerta vermelho” para risco de patógenos como:


  • Vírus entéricos;

  • Protozoários como Giardia e Cryptosporidium;

  • Bactérias patogênicas como Salmonella ou Shigella.



Por isso, a interpretação técnica do laudo é indispensável para estabelecer as ações corretivas.



Quando realizar a análise de coliformes? Situações mais comuns


A análise de coliformes deve ser realizada sempre que houver dúvida sobre a qualidade da água ou quando a fonte está sujeita a contaminação.


Situações típicas incluem:


  • Água de poço artesiano ou semiartesiano;

  • Água de nascente;

  • Mananciais superficiais;

  • Reservatórios, caixas d’água e cisternas;

  • Sistemas de tratamento doméstico;

  • Condomínios e empresas com abastecimento próprio;

  • Indústrias alimentícias;

  • Escolas, hospitais e estabelecimentos públicos;

  • Residências com histórico de contaminação;

  • Após enchentes, alagamentos ou danos estruturais.



Como o laboratório pode ajudar: serviços especializados


Nosso laboratório oferece um conjunto completo de análises microbiológicas, com foco em coliformes totais, coliformes termotolerantes e detecção específica de E. coli.


Os principais diferenciais incluem:


  • Metodologias reconhecidas e padronizadas;

  • Equipe técnica especializada;

  • Procedimentos rigorosos de controle de qualidade;

  • Emissão de laudos técnicos detalhados;

  • Orientação sobre interpretação e ações corretivas.



Também oferecemos:


  • Coleta profissional;

  • Consultoria sanitária e recomendação de tratamento;

  • Monitoramento periódico;

  • Acompanhamento pós-reprovação;

  • Avaliação de sistemas de cloração, radiação UV e filtração.


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Conclusão


A análise de coliformes na água é uma das ferramentas mais importantes para verificar a segurança microbiológica e garantir que a água destinada ao consumo humano seja realmente potável.


Por meio dela, é possível identificar rapidamente falhas no sistema de tratamento, contaminação fecal recente, riscos sanitários e problemas que podem não ser perceptíveis visualmente.


Compreender a diferença entre coliformes totais, termotolerantes e E. coli ajuda o público a interpretar laudos e tomar decisões seguras.


Já o cumprimento das normas de potabilidade assegura que a água consumida em residências, empresas, indústrias e estabelecimentos públicos esteja de acordo com os padrões legais e sanitários.


Investir em análises periódicas e confiar em laboratórios capacitados é essencial para proteger a saúde, prevenir surtos e garantir tranquilidade ao consumir e utilizar água no dia a dia.



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FAQ — Perguntas Frequentes



1. O que significa detectar coliformes totais na água?

Pode indicar recontaminação, falhas no sistema de desinfecção ou presença de biofilmes. Nem sempre significa contaminação fecal.



2. Coliformes fecais (termotolerantes) são mais perigosos?

Sim. São fortemente associados à contaminação fecal recente e representam risco à saúde.



3. A presença de Escherichia coli é grave?

Sim. Indica contaminação fecal direta e exige intervenção imediata.



4. Com que frequência devo analisar a água de poço


O ideal é a cada 6 meses ou sempre que houver alteração de sabor, odor, cor, enchentes ou obras próximas.



5. O que devo fazer se o laudo reprovar minha água?

Há várias ações possíveis: desinfecção, correção de falhas estruturais, revisão de vedação do poço, limpeza do reservatório e monitoramento pós-tratamento. O laboratório orienta cada caso.



 
 
 

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