Análise de Bisglicinato de Zinco em Cápsulas: Como é Feita, Por Que Importa e Como Garantir Qualidade em Suplementos
- Enfermeira Natalia Balsalobre
- 1 de nov. de 2022
- 7 min de leitura
Introdução
O mercado de suplementos alimentares cresceu de forma acelerada nos últimos anos, impulsionado pela busca por saúde, bem-estar e estratégias de prevenção nutricional.
Entre as substâncias que ganharam destaque, o bisglicinato de zinco ocupa uma posição privilegiada, especialmente por sua alta biodisponibilidade e boa tolerabilidade gastrointestinal.
Entretanto, para que esses benefícios realmente se traduzam em segurança e eficácia, é indispensável que os produtos comercializados passem por análises laboratoriais confiáveis, garantindo que a quantidade de zinco presente na cápsula corresponda ao declarado no rótulo e que a forma quelada esteja devidamente preservada.
Neste artigo técnico-acessível, você entenderá, de maneira clara e embasada, como funciona a análise de bisglicinato de zinco em cápsulas, quais técnicas laboratoriais são empregadas, por que essa validação é importante e como o seu laboratório pode auxiliar fabricantes, importadores, marcas próprias e profissionais que atuam no segmento de suplementos nutricionais.

O que é o Bisglicinato de Zinco e Por Que Ele se Tornou a Forma Mais Procurada?
Para compreender a análise laboratorial, é importante entender primeiro o que é, de fato, o bisglicinato de zinco.
Trata-se de uma forma quelada do mineral zinco, em que cada átomo de zinco está ligado a duas moléculas do aminoácido glicina.
Essa estrutura molecular não é acidental; ela é justamente o que confere ao composto suas características tão valorizadas.
O que significa um mineral “quelado”?
O termo “quelado” vem do grego chelé, que significa “garra”. Na prática, diz-se que um mineral está quelado quando está quimicamente ligado a agentes orgânicos, formando uma estrutura mais estável.
No caso do bisglicinato de zinco, o zinco é estabilizado por duas moléculas de glicina, formando um complexo orgânico.
Essa ligação tem efeitos importantes:
Aumenta a estabilidade química do mineral.
Melhora sua absorção intestinal, já que o corpo reconhece a molécula como um composto orgânico.
Reduz interações com fitatos e outros antinutricionais.
Melhora a biodisponibilidade, permitindo melhor aproveitamento.
Por isso, o bisglicinato de zinco passou a ser amplamente utilizado em suplementos de alta qualidade.
Benefícios atribuídos ao zinco
O zinco é um micronutriente essencial envolvido em:
função imunológica,
síntese de DNA e RNA,
metabolismo energético,
cicatrização e manutenção da integridade da pele,
síntese proteica,
modulação de enzimas antioxidantes.
A deficiência de zinco é relativamente comum em algumas populações, e isso elevou o consumo de suplementos, particularmente aqueles com formas de zinco de maior absorção, como o bisglicinato.
Por que a forma bisglicinato precisa ser analisada?
Porque:
A quantidade rotulada precisa ser verdadeira (controle de qualidade e conformidade regulatória).
A forma quelada pode sofrer degradação se o processo de fabricação não for adequado.
Há risco de adulterações, como uso de formas minerais mais baratas.
O consumidor final depende da precisão analítica para confiar no suplemento.
Assim, a análise de bisglicinato de zinco em cápsulas se tornou um serviço essencial para a indústria.
Por que é essencial realizar a Análise de Bisglicinato de Zinco em Cápsulas?
A realização de análises laboratoriais permite muito mais do que um simples controle numérico.
Ela avalia a conformidade química do produto, garante segurança ao consumidor e evita problemas regulatórios.
Conformidade com a legislação
Fabricantes e distribuidores precisam se manter em conformidade com as normativas vigentes para suplementos. A análise confirma:
teor de zinco,
uniformidade de conteúdo,
integridade da forma quelada,
ausência de desvios significativos da dose declarada.
Desvios superiores ao permitido podem levar desde multas até recolhimento de lotes.
Garantia de qualidade e diferenciação no mercado
O segmento de suplementos é extremamente competitivo. Marcas que apresentam laudos completos e rastreáveis:
reforçam a confiança do consumidor,
agregam valor ao produto,
se diferenciam da concorrência,
reduzem reclamações e riscos de devolução.
Ter um laudo robusto é um atributo comercial importante.
Segurança à saúde do consumidor
Dosagens incorretas podem gerar:
risco de subdosagem (ineficácia do produto),
risco de superdosagem (efeitos adversos, intoxicação em casos extremos).
O zinco, quando consumido em excesso, pode causar náuseas, supressão imunológica, desequilíbrios minerais e distúrbios gastrointestinais.
Portanto, análises precisas são indispensáveis.
Verificação da qualidade da matéria-prima
A matéria-prima do suplemento pode apresentar:
variação no teor de zinco,
contaminações metálicas,
perda da forma quelada,
instabilidade térmica ou química.
A análise confirma se o fornecedor realmente entrega um bisglicinato de zinco de alta qualidade.
Como é Feita a Análise de Bisglicinato de Zinco em Cápsulas no Laboratório?
A análise é um processo técnico e meticuloso que envolve vários passos. Cada etapa é fundamental para garantir que o resultado final seja confiável, rastreável e estatisticamente robusto.
A seguir, detalhamos o procedimento geral, desde a chegada da amostra até a liberação do laudo.
Etapa 1: Recebimento, registro e preparo da amostra
Quando as cápsulas chegam ao laboratório:
São registradas no sistema.
O laboratório confere integridade da embalagem.
Cada lote recebe um código único para rastreamento.
Depois disso, inicia-se a etapa de preparo da amostra:
As cápsulas são contadas.
São pesadas individualmente ou coletivamente, conforme exigência analítica.
O conteúdo é homogeneizado para representar fielmente o lote.
Essa etapa evita que uma cápsula isolada, com peso diferente do restante, distorça os resultados.
Etapa 2: Digestão ácida da matriz
O bisglicinato de zinco é uma molécula orgânica complexa. Para quantificar o zinco elementar presente, é necessário liberar o zinco da matriz da cápsula.
Esse processo é chamado de digestão.
Métodos comuns de digestão:
digestão ácida em bloco digestor,
digestão por micro-ondas (mais moderna e mais segura),
digestão assistida por aquecimento controlado.
As soluções ácidas mais utilizadas incluem:
ácido nítrico (HNO₃),
peróxido de hidrogênio (H₂O₂) para auxiliar na quebra orgânica.
Ao final desse processo, o zinco se encontra em solução, pronto para análise instrumental.
Etapa 3: Análise instrumental
Após a digestão, o zinco é quantificado por técnicas de espectrometria.
As mais utilizadas são:
A) ICP-OES (Espectrometria de Emissão Óptica com Plasma Acoplado Indutivamente)
Técnica moderna
Alta sensibilidade
Permite detectar múltiplos elementos simultaneamente
Excelente precisão
É uma das mais usadas para quantificação de zinco em suplementos.
B) ICP-MS (Espectrometria de Massas com Plasma)
Sensibilidade extremamente alta
Detecta teores ínfimos
Muito precisa
Comum em laboratórios de alta complexidade
É ideal quando é necessária a detecção de traços ou investigação de contaminantes metálicos.
C) FAAS (Espectrometria de Absorção Atômica com Chama)
Muito utilizada
Custo mais baixo
Excelente para quantificação específica de minerais como zinco
Amplamente validada em controle de qualidade
Essa técnica é tradicional e permanece como uma alternativa viável para muitos laboratórios.
Etapa 4: Cálculo e validação dos resultados
Após a leitura instrumental, são realizados:
cálculos de concentração,
conversões para mg por cápsula,
comparação com o valor declarado no rótulo,
verificações de linearidade, precisão e exatidão,
checagem do desempenho do método (validação).
A validação pode incluir:
limite de detecção (LOD),
limite de quantificação (LOQ),
repetibilidade,
recuperação,
estabilidade.
Essa validação garante que o resultado seja estatisticamente confiável.
Etapa 5: Emissão e liberação do laudo analítico
O laudo é o documento final entregue ao cliente. Ele inclui:
identificação do lote,
metodologia utilizada,
resultados obtidos,
incerteza de medição,
conformidade com os parâmetros de referência,
assinatura e carimbo técnico do responsável.
Esse laudo é fundamental para:
comprovação de qualidade,
auditorias,
processos de importação,
certificações,
fornecimento de suplementos para terceiros.
Fatores que Podem Afetar a Qualidade do Bisglicinato de Zinco
Para que um suplemento mantenha sua qualidade, é necessário controle desde a matéria-prima até o armazenamento.
Os principais fatores incluem:
Qualidade da matéria-prima
Matérias-primas de baixo custo podem apresentar:
pureza inferior,
menor teor mineral,
presença de zinco inorgânico,
contaminantes metálicos,
instabilidade da forma quelada.
Processo de encapsulamento
Temperatura, pressão e velocidade da encapsuladora influenciam na integridade do composto. Processos muito agressivos podem degradar parcialmente a molécula.
Armazenamento
O zinco quelado é relativamente estável, mas pode ser afetado por:
umidade,
calor excessivo,
embalagens inadequadas,
exposição ao oxigênio.
Interação com excipientes
Certos excipientes podem prejudicar a estabilidade ou absorção. Por isso, a formulação do suplemento deve ser cuidadosamente estudada.
Como a Análise Ajuda Empresas, Profissionais e Consumidores
A análise laboratorial de bisglicinato de zinco é útil para:
Fabricantes e marcas próprias
Verificar a qualidade da matéria-prima.
Garantir que o lote produzido está conforme.
Prevenir problemas regulatórios.
Aumentar credibilidade no mercado.
Profissionais da saúde
Ter segurança ao recomendar suplementos.
Verificar a precisão de produtos utilizados por pacientes.
Consumidores conscientes
Garantir que estão ingerindo o que está indicado no rótulo.
Evitar produtos de baixa qualidade.
Importadores de suplementos
Verificar conformidade com as exigências brasileiras.
Emitir laudos para processos de regularização.
Como o Nosso Laboratório Realiza a Análise de Bisglicinato de Zinco em Cápsulas
Nesta etapa final, trazemos o foco para o serviço oferecido pelo laboratório.
Nosso laboratório realiza análise de bisglicinato de zinco em cápsulas utilizando metodologias modernas, com rigor técnico e rastreabilidade completa.
Metodologias disponíveis:
ICP-OES
ICP-MS
FAAS
O laboratório oferece:
quantificação de zinco total em cápsulas,
verificação de conformidade do rótulo,
análises complementares de pureza,
validação de métodos analíticos,
laudo completo com rastreabilidade,
suporte técnico especializado.
Para quem é indicado:
fabricantes de suplementos,
marcas próprias,
importadores,
distribuidores,
farmácias de manipulação,
profissionais da área da saúde.
Nosso compromisso é oferecer análises confiáveis, precisas e alinhadas às melhores práticas internacionais.

Conclusão
A análise de bisglicinato de zinco em cápsulas é uma etapa crítica para garantir a qualidade, a segurança e a eficácia dos suplementos alimentares que contêm esse importante mineral.
A popularidade do zinco quelado cresce continuamente, e, com ela, cresce também a necessidade de controle laboratorial rigoroso.
Entender como funciona esse processo — desde a digestão da amostra até a leitura instrumental — permite que fabricantes, profissionais e consumidores tomem decisões mais informadas e seguras.
Se o seu objetivo é garantir qualidade real do produto, segurança regulatória e transparência com o consumidor, realizar a análise de bisglicinato de zinco em cápsulas é indispensável.
Nosso laboratório está preparado para atender essa demanda com excelência técnica e suporte especializado.
A Importância de Escolher o Lab2bio
Com anos de experiência no mercado, o Lab2bio possui um histórico comprovado de sucesso em análises microbiológicas.
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FAQ — Perguntas Frequentes
1. O que é bisglicinato de zinco?
É uma forma quelada de zinco ligada a duas moléculas de glicina, com maior biodisponibilidade e absorção.
2. Por que é importante analisar bisglicinato de zinco em cápsulas?
Para garantir que a quantidade declarada no rótulo é verdadeira e que a forma quelada está preservada.
3. Qual método é melhor para quantificar zinco?
ICP-OES e ICP-MS são os mais sensíveis e modernos, mas FAAS ainda é amplamente utilizada com ótima precisão.
4. A análise detecta se o zinco é realmente quelado?
Sim, é possível detectar indícios de adulteração e verificar a integridade da molécula por análises complementares.
5. A análise é obrigatória?
Para fins de controle de qualidade e conformidade regulatória, sim. Fabricantes e importadores devem apresentar laudos.




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