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Análise Físico-Química de Frutos do Mar: Garantia de Qualidade e Segurança Alimentar

Introdução: a importância de compreender a composição dos frutos do mar


Os frutos do mar — categoria que abrange peixes, crustáceos e moluscos — ocupam um papel central na alimentação humana e na economia global.


Ricos em proteínas de alto valor biológico, ácidos graxos poli-insaturados e micronutrientes essenciais, esses alimentos são altamente perecíveis e sensíveis a variações ambientais, de manuseio e de armazenamento.


Nesse contexto, a análise físico-química de frutos do mar é um instrumento indispensável para avaliar a qualidade, a segurança e a conformidade regulatória desses produtos.


A composição química dos frutos do mar reflete não apenas características biológicas da espécie, mas também condições ambientais, práticas de pesca, processamento e conservação.


O monitoramento de parâmetros físico-químicos permite detectar alterações provocadas por degradação proteica, oxidação lipídica, contaminação por metais pesados e até fraudes de rotulagem.


Em laboratórios especializados, como o nosso, a análise físico-química é conduzida de forma padronizada e rastreável, conforme métodos reconhecidos por órgãos como a AOAC, o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e a ANVISA.


O objetivo é fornecer resultados confiáveis que orientem indústrias, distribuidores e consumidores na tomada de decisão.


Mais do que números em um laudo, essas análises traduzem o estado real do alimento, permitindo comprovar frescor, autenticidade e valor nutricional — fatores essenciais para a credibilidade de quem produz e comercializa frutos do mar.


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Parâmetros físico-químicos essenciais na avaliação de frutos do mar


A caracterização físico-química dos frutos do mar envolve um conjunto de ensaios que revelam a composição e as possíveis alterações do produto ao longo do tempo.


Cada parâmetro analisado fornece uma “fotografia” específica da integridade do alimento. A seguir, destacam-se os principais.



Umidade


A umidade é um dos parâmetros mais relevantes, pois influencia diretamente a textura, o sabor e a vida útil do produto.


Frutos do mar frescos apresentam elevado teor de água, geralmente acima de 70%.


Valores anormalmente altos podem indicar adição de água ou gelo, prática considerada fraude econômica.


Já a perda excessiva de umidade compromete o frescor e acelera a deterioração.


O método clássico de determinação envolve a secagem em estufa a 105 °C, até peso constante.


Em análises mais sofisticadas, utiliza-se a termogravimetria, que oferece precisão e agilidade.



Cinzas e minerais


O teor de cinzas representa o resíduo mineral total obtido após a queima da amostra em mufla a temperaturas entre 500 °C e 550 °C.



Essa análise permite estimar o conteúdo total de minerais e é fundamental para detectar contaminações por metais pesados (como mercúrio, chumbo e cádmio) ou verificar a autenticidade da matéria-prima.


A quantificação específica de elementos é realizada por técnicas como espectrometria de absorção atômica (AAS) e ICP-OES (Espectrometria de Emissão Óptica com Plasma Indutivamente Acoplado), métodos que garantem alta sensibilidade e reprodutibilidade.



Proteínas e compostos nitrogenados


As proteínas são o principal componente estrutural dos frutos do mar e determinam seu valor nutricional.


A quantificação é feita, tradicionalmente, pelo método de Kjeldahl, que mede o nitrogênio total e o converte em proteína por um fator de correção (geralmente 6,25).


Em produtos deteriorados, o teor de nitrogênio volátil total (NVT) e de trimetilamina (TMA) aumenta devido à decomposição bacteriana e enzimática. Por isso, o NVT é amplamente utilizado como indicador de frescor.



Lipídios e oxidação


Os lipídios dos frutos do mar são ricos em ácidos graxos poli-insaturados ômega-3, essenciais para a saúde humana.


Entretanto, sua elevada insaturação os torna altamente suscetíveis à oxidação, especialmente sob armazenamento inadequado.


A extração de gordura é geralmente realizada pelo método de Soxhlet ou Bligh & Dyer, enquanto a oxidação é avaliada por testes como o índice de peróxidos e o valor de TBARS (substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico).


Esses parâmetros ajudam a determinar o grau de rancificação e a qualidade sensorial do produto.



pH e acidez


O pH é um parâmetro simples, mas altamente indicativo. Valores normais em pescados frescos variam entre 6,0 e 6,5.


Um aumento progressivo do pH sinaliza atividade microbiana e degradação proteica, indicando perda de frescor.


A acidez titulável, por sua vez, revela a presença de ácidos orgânicos e produtos da deterioração lipídica.


Em laboratórios de controle de qualidade, a medição de pH é feita com pHmetros calibrados, seguindo rigorosas condições de temperatura e homogeneização da amostra.



Salinidade e cloretos


Em produtos processados — como camarões salmourados e peixes defumados —, o teor de sal e cloretos é monitorado para garantir padrões de conservação, sabor e rotulagem.



A determinação de cloretos é geralmente feita por titulação argentimétrica (método de Mohr) ou medição potenciométrica, dependendo da matriz e da precisão desejada.



Atividade de água (Aw)


A atividade de água (Aw) mede a fração de água livre disponível para reações químicas e crescimento microbiano.


Mesmo que um alimento tenha alta umidade, ele pode apresentar Aw baixa se a água estiver fortemente ligada a componentes sólidos.


Frutos do mar frescos têm Aw acima de 0,98 — condição ideal para proliferação microbiana, o que reforça a importância de refrigeração e monitoramento.



Métodos analíticos e controle de qualidade em laboratório


A análise físico-química de frutos do mar exige rigor técnico, padronização de procedimentos e controle de interferências.


As matrizes marinhas são complexas: contêm proteínas, gorduras e sais em proporções variáveis, o que pode afetar a exatidão dos resultados.


Por isso, laboratórios acreditados adotam boas práticas laboratoriais (BPL) e protocolos baseados em métodos reconhecidos por órgãos nacionais e internacionais.



Coleta e conservação da amostra


A etapa inicial é crucial. As amostras devem ser coletadas em condições higiênicas, sob refrigeração e em recipientes apropriados, evitando perdas por degradação.


Para análises de campo, utiliza-se gelo seco ou transporte refrigerado a 4 °C. A integridade da amostra é registrada desde a coleta até o ensaio, garantindo rastreabilidade total.



Preparo da amostra


Antes da análise, o produto é homogeneizado, retirando espinhas, carapaças ou partes não comestíveis.


O processamento é feito com utensílios inertes, evitando contaminações cruzadas.


Dependendo do parâmetro a ser analisado, a amostra pode ser seca, moída, filtrada ou extraída com solventes específicos.



Equipamentos e instrumentação


Entre os equipamentos mais utilizados em análises físico-químicas de frutos do mar, destacam-se:


  • Estufas e muflas para determinação de umidade e cinzas

  • Espectrofotômetros UV-Vis para medições colorimétricas

  • Cromatógrafos gasosos (GC) e líquidos (HPLC) para identificação de compostos voláteis e lipídicos

  • ICP-OES e AAS para detecção de metais

  • pHmetros e condutivímetros calibrados

  • Balanças analíticas e tituladores automáticos


A calibração periódica e a validação dos métodos garantem que cada resultado represente, de fato, a condição real do alimento.



Aplicações práticas e importância regulatória


A análise físico-química de frutos do mar tem aplicações que vão além do controle de qualidade.


Ela é essencial em diversos segmentos da cadeia produtiva, desde a pesca artesanal até a exportação de produtos industrializados.



Controle de frescor e validade


Os parâmetros físico-químicos são usados para definir prazos de validade e condições ideais de armazenamento.


Com base em indicadores como pH, NVT e Aw, é possível prever a deterioração e garantir que o produto chegue ao consumidor em perfeitas condições.



Conformidade com normas e rotulagem


A legislação brasileira, por meio do MAPA e da ANVISA, estabelece limites e padrões para composição, aditivos e contaminantes em alimentos de origem marinha.


As análises físico-químicas permitem comprovar o cumprimento dessas normas, fornecendo respaldo técnico para rotulagem nutricional e exportações.



Detecção de fraudes e adulterações


Casos de adição de água, substituição de espécies e uso indevido de conservantes podem ser detectados por meio de análises físico-químicas.


Por exemplo, teores elevados de umidade e cloretos em camarões podem indicar injeção de salmoura, prática proibida sem declaração no rótulo.



Sustentabilidade e rastreabilidade


Em um cenário global que valoriza a sustentabilidade, a análise físico-química contribui para rastrear origens e comprovar boas práticas de pesca.


Laboratórios especializados colaboram com certificações ambientais e programas de controle sanitário, reforçando a confiança dos consumidores.



Serviços de análise físico-química de frutos do mar em nosso laboratório


Nosso laboratório oferece um serviço completo de análise físico-química de frutos do mar, voltado para indústrias alimentícias, distribuidores, importadores e produtores que buscam garantir qualidade, conformidade e competitividade de mercado.



Abrangência dos ensaios


Realizamos determinações de:


  • Umidade e atividade de água (Aw)

  • Proteínas, lipídios e cinzas

  • pH, salinidade e cloretos

  • Nitrogênio volátil total (NVT)

  • Metais pesados e minerais por ICP-OES

  • Índices de oxidação lipídica (peróxidos, TBARS)



Diferenciais técnicos


  • Utilização de equipamentos modernos e métodos validados

  • Tempo reduzido de análise, ideal para controle de lotes

  • Equipe técnica qualificada, com experiência em matrizes marinhas

  • Emissão de laudos completos e rastreáveis, com interpretações claras

  • Apoio técnico na interpretação dos resultados e adequação às normas do MAPA e ANVISA


Nosso compromisso é oferecer resultados precisos, confiáveis e dentro dos prazos necessários para tomada de decisão — seja para controle interno, auditorias ou exportações.


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Conclusão


A análise físico-química de frutos do mar é muito mais do que um requisito legal: é uma ferramenta estratégica para assegurar qualidade, segurança e credibilidade em um dos setores mais sensíveis da cadeia alimentar.


Ao monitorar parâmetros como umidade, proteínas, lipídios, pH e metais, os laboratórios identificam precocemente alterações que impactam frescor, valor nutricional e segurança.


Essas informações são essenciais tanto para indústrias que desejam atender aos padrões de exportação quanto para estabelecimentos que buscam oferecer produtos de confiança ao consumidor.


Contar com um laboratório especializado e tecnicamente estruturado garante resultados consistentes, rastreáveis e aceitos por órgãos reguladores — assegurando o diferencial competitivo e a tranquilidade de quem atua com alimentos de origem marinha.



A Importância de Escolher o Lab2bio


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Empresas do setor alimentício, indústrias farmacêuticas, laboratórios e outros segmentos confiam no Lab2bio para garantir a segurança e qualidade do seu alimento.


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FAQ – Perguntas Frequentes


1. O que é analisado na análise físico-química de frutos do mar?

São avaliados parâmetros como umidade, proteínas, lipídios, cinzas, pH, sal, nitrogênio volátil, metais e atividade de água.


2. Por que essas análises são importantes?

Elas determinam a qualidade, o frescor e a segurança do produto, além de atender às exigências da ANVISA e do MAPA.


3. Quanto tempo demora o resultado?

Depende da complexidade da amostra e dos ensaios solicitados, mas geralmente entre 3 e 7 dias úteis.


4. Os resultados têm validade legal?

Sim. Os laudos emitidos por laboratórios acreditados têm validade técnica e podem ser utilizados para fins regulatórios e comerciais.


5. É possível detectar fraudes com essas análises?

Sim. Parâmetros como umidade e cloretos ajudam a identificar adição de água ou salmoura indevida.






 
 
 

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