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Análise de Vitamina K em Cápsulas: Entenda o Processo, os Métodos e a Importância da Qualidade Laboratorial

Introdução


A vitamina K tem ganhado relevância crescente na indústria de suplementos alimentares, impulsionada por seu papel central na coagulação sanguínea, na saúde óssea e no metabolismo de proteínas dependentes de carboxilação.


Com o aumento da procura por suplementos voltados ao bem-estar e à prevenção de deficiências nutricionais, cresce também a necessidade de garantir que produtos à base de vitamina K — especialmente na forma de cápsulas — sejam seguros, eficazes e atendam às especificações declaradas pelos fabricantes.


Neste artigo, exploraremos com profundidade a análise de vitamina K em cápsulas, discutindo os métodos analíticos mais utilizados, seus desafios, os regulamentos aplicáveis, os cuidados necessários para assegurar resultados confiáveis e como laboratórios especializados desempenham um papel fundamental na garantia da qualidade.


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Introdução à Vitamina K: Funções, Formas e Relevância em Suplementos


A vitamina K é um micronutriente lipossolúvel fundamental para diversos processos fisiológicos.


Sua principal função é participar da ativação de proteínas dependentes de carboxilação, especialmente os fatores de coagulação.


No entanto, estudos mais recentes ampliaram a compreensão sobre seu papel na mineralização óssea, na modulação da calcificação vascular e na saúde metabólica.



As principais formas de vitamina K



A vitamina K é um grupo de compostos estruturalmente relacionados, divididos em:


  • Vitamina K1 (filoquinona):


    Naturalmente presente em vegetais verde-escuros; é a forma mais comum em alimentos e amplamente utilizada em suplementos.

  • Vitamina K2 (menaquinonas):


    Apresentada em diferentes isoformas (MK-4, MK-7, MK-8, MK-9), produzidas por bactérias ou encontradas em alimentos fermentados.


    A MK-7, em especial, tem grande destaque na indústria de suplementos pela maior meia-vida plasmática e melhor biodisponibilidade.



Por que suplementar vitamina K?


Apesar de válida para muitas pessoas, a suplementação é especialmente indicada para:


  • indivíduos com dietas pobres em vegetais verde-escuros;

  • pessoas com má absorção de gorduras;

  • uso prolongado de certos medicamentos, como antibióticos;

  • suporte à saúde óssea, quando associada às vitaminas D3 e cálcio;

  • manutenção da função cardiovascular.



O crescimento da indústria de cápsulas de vitamina K


O mercado de suplementos tem buscado formas mais estáveis, puras e biodisponíveis de vitamina K. Cápsulas apresentam vantagens como:


  • dosagem precisa,

  • formulações secas ou oleosas,

  • maior estabilidade durante a vida útil,

  • facilidade de consumo e transporte.


Mas a encapsulação também traz desafios importantes para a análise laboratorial da vitamina K, especialmente por sua sensibilidade à luz, ao oxigênio, ao calor e ao tipo de matriz nutricional.



Desafios da Análise de Vitamina K em Cápsulas


A análise de vitamina K em cápsulas exige técnicas robustas e condições laboratoriais controladas.


A molécula é quimicamente delicada e pode sofrer degradação facilmente, o que torna o processo analítico mais complexo do que outros micronutrientes.



Sensibilidade à luz e ao oxigênio


Tanto a vitamina K1 quanto a K2 são fotossensíveis. A exposição à luz pode provocar:


  • perda do teor real;

  • isomerizações indesejadas;

  • degradação por oxidação.


Por isso, laboratórios qualificados utilizam:


  • iluminação controlada,

  • vidrarias âmbar,

  • frascos protegidos com alumínio,

  • preparo rápido e eficiente das amostras.



Interferências da matriz da cápsula


As cápsulas podem ser:


  • gelatinosas,

  • vegetais,

  • oleosas,

  • contendo excipientes diversos,

  • enriquecidas com outros ativos (como vitamina D3 ou ômega-3).



Cada tipo de matriz demanda etapas específicas de:


  • extração,

  • limpeza (clean-up),

  • preparo de amostra,

  • separação cromatográfica.



Baixas concentrações e limites de detecção


Algumas cápsulas contêm quantidades muito pequenas de vitamina K — especialmente MK-7, frequentemente presente em microgramas.


Isso exige métodos analíticos altamente sensíveis e calibrações rigorosas.



Estabilidade do padrão analítico


Padrões comerciais de vitamina K também podem degradar-se, o que requer:


  • armazenagem adequada,

  • verificação frequente de validade,

  • calibração com curvas atualizadas,

  • uso de padrões internos quando aplicável.



Métodos Analíticos Usados na Análise de Vitamina K em Cápsulas


O método de escolha para a análise da vitamina K em cápsulas depende da forma química da vitamina, da matriz do suplemento e do grau de exatidão exigido.


No entanto, os métodos cromatográficos dominam, devido à sua precisão, sensibilidade e seletividade.



Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC)


A HPLC é o método mais amplamente utilizado, especialmente nas rotinas de controle de qualidade industrial e em laboratórios acreditados.



Vantagens da HPLC


  • alta precisão;

  • boa separação de isômeros;

  • compatibilidade com diversas fases móveis;

  • possibilidade de quantificação em baixas concentrações;

  • pode ser adaptado com diferentes detectores.



HPLC com Detecção UV-Vis


Apesar de ser o método mais tradicional, apresenta limitações para vitamina K, especialmente MK-7, devido aos baixos níveis de absorção.


Entretanto, quando bem otimizado, é suficiente para formulações com teores elevados.



HPLC com Detecção por Fluorescência (FLD)


A detecção por fluorescência aumenta significativamente a sensibilidade. É comum que a amostra passe por uma reação de redução prévia para permitir detecção fluorescente eficiente.



HPLC acoplada à Espectrometria de Massas (LC-MS/MS)


O padrão ouro para quantificação de vitamina K em cápsulas. Vantagens:


  • altíssima sensibilidade;

  • seletividade superior;

  • diferenciamento claro entre K1, MK-4, MK-7 e outros homólogos;

  • limites de detecção na faixa de nanogramas ou menor.



Ideal para:


  • cápsulas com teores baixíssimos;

  • estudos de estabilidade;

  • validação de métodos.



Extração e Preparo de Amostra


A etapa de preparo da amostra é crítica.



Extração para cápsulas oleosas


O processo geralmente envolve:


  • diluição em solventes não polares,

  • homogeneização completa,

  • extração com hexano ou isopropanol,

  • centrifugação.



Extração para cápsulas sólidas


Etapas típicas:


  • abertura da cápsula,

  • dissolução da matriz,

  • saponificação quando necessário,

  • extração líquido-líquido.



Cuidados específicos


  • evitar luz UV;

  • realizar etapas rápidas;

  • manter vidrarias secas e livres de oxigênio;

  • aquecer apenas quando estritamente necessário.



Validação do Método Analítico


Para que os resultados da análise de vitamina K em cápsulas sejam confiáveis, o método deve ser devidamente validado, seguindo critérios como:


  • linearidade — capacidade de apresentar respostas proporcionais à concentração;

  • exatidão — proximidade entre valor medido e valor real;

  • precisão — reprodutibilidade intra e interdia;

  • limite de detecção e quantificação;

  • robustez — resistência a pequenas variações experimentais;

  • seletividade — ausência de interferentes.


Laboratórios acreditados pela ISO/IEC 17025 seguem padrões internacionalmente reconhecidos para garantir desempenho técnico e confiabilidade.



Aplicações Práticas da Análise de Vitamina K em Cápsulas


A análise de vitamina K é utilizada em diferentes contextos industriais e comerciais.



Desenvolvimento de novos produtos


Antes de lançar um suplemento, fabricantes precisam:


  • conhecer a biodisponibilidade da forma de vitamina K selecionada,

  • assegurar compatibilidade com excipientes,

  • avaliar estabilidade de shelf-life,

  • realizar padronização da dosagem.



Controle de qualidade de lotes


Durante a produção, amostras devem ser coletadas e testadas para:


  • análise quantitativa da vitamina;

  • verificação de uniformidade;

  • confirmação de especificações;

  • testes de estabilidade acelerada.



Verificação de fornecedores e matérias-primas


Laboratórios realizam testes para:


  • confirmar teor de vitamina K no ingrediente ativo;

  • identificar possíveis contaminantes;

  • avaliar se o lote atende ao certificado de análise (CoA).



Monitoramento pós-comercialização


A estabilidade é altamente relevante, pois a vitamina K pode degradar-se ao longo do tempo. Ensaios de shelf-life avaliam:


  • degradação dependente de temperatura;

  • estabilidade em embalagens diferentes;

  • impacto da luminosidade;

  • comportamento em diferentes formulações.




Por Que a Análise de Vitamina K em Cápsulas é Importante para o Consumidor?


Embora seja um processo técnico, os impactos recaem diretamente sobre o consumidor final.



Segurança do produto


Teores acima do limite podem:


  • aumentar risco de alterações na coagulação,

  • interferir em medicamentos anticoagulantes,

  • causar reações adversas.



Teores menores que o declarado comprometem:


  • eficácia do suplemento,

  • confiança do consumidor,

  • reputação da marca.



Transparência e confiabilidade


A análise garante que:


  • o rótulo está correto;

  • a dosagem é precisa;

  • o produto oferece o benefício esperado.


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Conclusão


A análise de vitamina K em cápsulas é uma etapa essencial para garantir qualidade, segurança e conformidade regulatória dos suplementos nutricionais presentes no mercado.


Por se tratar de uma vitamina sensível, cuja quantificação exige precisão técnica elevada, apenas laboratórios especializados conseguem fornecer resultados robustos, confiáveis e adequados às exigências da ANVISA.


Para o consumidor, isso se traduz em confiança. Para fabricantes, em credibilidade. E para o setor regulado, em responsabilidade sanitária.


Nosso laboratório está preparado para atender todas as demandas relacionadas à vitamina K, oferecendo tecnologia avançada, rigor científico e suporte técnico completo.



FAQ — Perguntas Frequentes


1. Por que a vitamina K é difícil de analisar?

Por ser fotossensível, oxidável e estar frequentemente presente em microgramas, exigindo métodos altamente sensíveis.



2. A análise é obrigatória para suplementos?

Sim. A ANVISA exige que fabricantes comprovem o teor de vitaminas declaradas no rótulo.



3. Qual método é o mais preciso?

A LC-MS/MS oferece a maior sensibilidade e seletividade, sendo o método de referência.



4. Posso enviar poucos comprimidos para análise?

Sim, geralmente 5 a 10 unidades são suficientes, dependendo do tipo de teste.



5. O laboratório testa MK-4 e MK-7 separadamente?

Sim. As formas de vitamina K são quantificadas individualmente.




 
 
 

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