Controle da Contaminação do Ar: Limites Máximos de Micro-organismos para Cada Ambiente
- Enfermeira Natalia Balsalobre
- 27 de fev. de 2021
- 5 min de leitura
Introdução
A qualidade do ar que respiramos em ambientes fechados é um fator crucial para a nossa saúde.
A presença de micro-organismos no ar pode representar riscos significativos, especialmente em locais como hospitais, clínicas, escolas e escritórios.
Estabelecer limites máximos para a concentração desses micro-organismos é essencial para garantir ambientes seguros e saudáveis.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) definem padrões e limites para a qualidade do ar interior.
Essas diretrizes visam controlar a presença de micro-organismos e outros contaminantes, promovendo o bem-estar dos ocupantes dos ambientes.

Padrões e Limites para Micro-organismos no Ar
A ANVISA, por meio da Resolução RE nº 09/2003, estabeleceu padrões referenciais para a qualidade do ar interior em ambientes climatizados de uso público e coletivo.
Um dos parâmetros definidos é o Valor Máximo Recomendável (VMR) para contaminação microbiológica.
Para fungos, o VMR é de até 750 unidades formadoras de colônia por metro cúbico de ar (ufc/m³), considerando uma relação I/E (interno/externo) de até 1,5.
Essa relação compara a quantidade de fungos no ambiente interno com a do ambiente externo, servindo como indicador da qualidade do ar.
Além disso, a ABNT NBR 17037, atualizada em 2024, define limites para partículas em suspensão no ar.
Para partículas com diâmetro aerodinâmico inferior a 10 micrômetros (PM10), o limite é de até 50 microgramas por metro cúbico (µg/m³), e para partículas com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros (PM2,5), o limite é de até 25 µg/m³.
Esses limites visam controlar a presença de partículas finas que podem transportar micro-organismos patogênicos.
Ambientes e Aplicações
Os padrões e limites estabelecidos são aplicáveis a diversos tipos de ambientes fechados, incluindo:
Escritórios e Ambientes Corporativos: Locais de trabalho que, se não adequadamente ventilados, podem acumular contaminantes microbiológicos.
Escolas e Instituições de Ensino: Ambientes com grande circulação de pessoas, especialmente crianças, que são suscetíveis a doenças respiratórias.
Shopping Centers e Locais de Grande Circulação: Espaços públicos fechados que necessitam de controle rigoroso da qualidade do ar devido ao alto fluxo de pessoas.
Hotéis e Estabelecimentos de Hospitalidade: Ambientes que devem garantir conforto e saúde aos hóspedes e funcionários.
Academias e Centros de Esporte: Locais onde a atividade física intensa pode aumentar a dispersão de micro-organismos no ar.
Em todos esses ambientes, é fundamental monitorar e controlar a qualidade do ar para prevenir riscos à saúde.
Monitoramento e Controle
O monitoramento da qualidade do ar é realizado por meio de amostragem ativa, utilizando equipamentos que coletam partículas viáveis presentes no ar.
As amostras são analisadas em laboratórios acreditados, que seguem normas como a ABNT NBR ISO/IEC 17025, garantindo a precisão e confiabilidade dos resultados.
Caso os limites estabelecidos sejam ultrapassados, é necessário implementar ações corretivas, como:
Ajuste na Ventilação: Aumentar a renovação do ar para reduzir a concentração de contaminantes.
Limpeza e Desinfecção: Realizar procedimentos de limpeza profunda para eliminar fontes de contaminação.
Manutenção de Equipamentos: Verificar e manter sistemas de climatização e ventilação em bom estado de funcionamento.
Além disso, é importante estabelecer limites de alerta e de ação para a detecção de contaminação microbiana e para o monitoramento de tendência da qualidade do ar nos ambientes limpos.
Caso os limites sejam excedidos, ações corretivas devem ser tomadas, conforme descrito em Procedimentos Operacionais Padrão (POP) .
Importância para a Saúde Pública
A contaminação microbiológica do ar é um problema de saúde pública, pois está associada a alergias, doenças respiratórias e infecções hospitalares.
Ambientes com alta concentração de micro-organismos podem favorecer a disseminação de patógenos, aumentando o risco de surtos e epidemias.
Portanto, o controle da qualidade do ar é essencial para a prevenção e controle de doenças, especialmente em locais com grande circulação de pessoas e em estabelecimentos de saúde.

Conclusão
Garantir a qualidade do ar em ambientes fechados não é apenas uma questão de conforto, mas uma necessidade crítica para a saúde pública e para a prevenção de doenças respiratórias e infecciosas.
A presença de micro-organismos no ar, como bactérias e fungos, pode representar riscos significativos, especialmente em locais com grande circulação de pessoas, como hospitais, escolas, escritórios e academias.
O cumprimento dos padrões e limites estabelecidos pela ANVISA e pela ABNT é, portanto, essencial para reduzir a exposição a esses agentes biológicos e prevenir surtos de doenças, alergias e infecções hospitalares.
Investir em monitoramento contínuo e em medidas corretivas é fundamental. A simples verificação da qualidade do ar por meio de amostragem ativa, seguida de análise laboratorial acreditada, permite identificar rapidamente desvios nos limites seguros e adotar intervenções eficazes.
A manutenção adequada de sistemas de ventilação e climatização, associada a práticas rigorosas de limpeza e higienização, contribui significativamente para a redução da carga microbiana presente no ar, promovendo ambientes mais seguros e saudáveis para todos os ocupantes.
Além disso, o controle da qualidade do ar traz benefícios econômicos e operacionais. Ambientes com ar mais limpo reduzem a incidência de doenças entre colaboradores e clientes, diminuem faltas e aumentam a produtividade, além de garantir conformidade com legislações e normas técnicas.
A conscientização sobre os limites máximos de micro-organismos no ar, aliada à adoção de boas práticas de monitoramento, é uma estratégia preventiva que protege tanto a saúde individual quanto a coletiva.
Por fim, a implementação de programas de monitoramento da qualidade do ar deve ser vista como um investimento estratégico e contínuo, que reforça a reputação de empresas e instituições, promove segurança e bem-estar e contribui de forma decisiva para ambientes mais sustentáveis e saudáveis.
Garantir que os limites máximos de concentração de micro-organismos sejam respeitados é, portanto, um passo indispensável para qualquer espaço que valorize a saúde e a qualidade de vida de seus ocupantes.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
1. Quais são os limites máximos de micro-organismos no ar?
A ANVISA estabelece que o Valor Máximo Recomendável (VMR) para fungos é de até 750 ufc/m³, considerando uma relação I/E de até 1,5. Além disso, a ABNT NBR 17037 define limites para partículas em suspensão no ar, sendo 50 µg/m³ para PM10 e 25 µg/m³ para PM2,5.
2. Como é realizado o monitoramento da qualidade do ar?
O monitoramento é realizado por meio de amostragem ativa, utilizando equipamentos que coletam partículas viáveis presentes no ar. As amostras são analisadas em laboratórios acreditados, seguindo normas técnicas específicas.
3. O que fazer se os limites de micro-organismos forem ultrapassados?
É necessário implementar ações corretivas, como ajustar a ventilação, realizar limpeza e desinfecção dos ambientes e manter os sistemas de climatização em bom estado de funcionamento.
4. Quais ambientes devem seguir essas normas?
Hospitais, clínicas, escritórios, escolas, shopping centers, hotéis e academias são exemplos de ambientes que devem seguir as normas de qualidade do ar estabelecidas pela ANVISA e pela ABNT.
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