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Gelo também é alimento: a importância da análise para garantir saúde e qualidade

Atualizado: 22 de ago.

Introdução: o gelo como alimento invisível


Quando pensamos em qualidade e segurança alimentar, é comum associarmos imediatamente a alimentos sólidos ou líquidos: carnes, hortaliças, laticínios, sucos, águas engarrafadas.


No entanto, existe um componente frequentemente negligenciado e que está presente em praticamente todos os ambientes de consumo: o gelo.


Embora seja formado basicamente por água congelada, o gelo deve ser considerado um alimento do ponto de vista sanitário, pois é ingerido diretamente em bebidas, utilizado na conservação de alimentos ou aplicado em processos de manipulação culinária.


Justamente por isso, sua qualidade impacta diretamente a saúde do consumidor.


Infelizmente, o gelo nem sempre recebe a devida atenção.


Máquinas de gelo mal higienizadas, uso de água de abastecimento sem tratamento adequado e armazenamento inadequado podem transformar um simples cubo em um veículo silencioso de contaminações microbiológicas e químicas.


Episódios documentados em diferentes regiões do Brasil já comprovaram a gravidade da situação.


Um estudo realizado em Maceió (AL), por exemplo, revelou que 100% das amostras de gelo analisadas estavam impróprias para consumo, apresentando contaminação por coliformes e Escherichia coli.


Isso mostra que a análise laboratorial não é um detalhe burocrático, mas sim um pilar essencial da saúde pública.


Neste artigo, vamos aprofundar o tema análise de gelo para consumo, abordando:

• os riscos associados à ingestão de gelo contaminado;

• o panorama regulatório e as normas que orientam esse tipo de análise;

• como funcionam os testes microbiológicos e físico-químicos em laboratório;

• quais são as boas práticas de fabricação e conservação do gelo;

• e como laboratórios especializados podem auxiliar empresas e consumidores a garantir a segurança desse produto.


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Por que analisar o gelo para consumo?



O gelo como vetor de doenças


O gelo, por ser visualmente transparente e estar associado a frescor e pureza, transmite ao consumidor a falsa ideia de esterilidade.


Contudo, se a água de origem estiver contaminada ou se o equipamento utilizado não for higienizado corretamente, o gelo pode se tornar um reservatório de microrganismos patogênicos.


Entre os principais agentes que podem ser encontrados em amostras de gelo estão:

Bactérias: Escherichia coli, Salmonella spp., Pseudomonas aeruginosa;

Vírus: Norovírus, Rotavírus;

Parasitas: Giardia lamblia e Cryptosporidium;

Fungos e leveduras: em menor escala, mas também presentes em equipamentos mal higienizados.


Esses microrganismos são responsáveis por quadros de gastroenterite, infecções urinárias, intoxicações alimentares e surtos de diarreia aguda.


Vale lembrar que, por serem doenças de veiculação hídrica, muitas vezes não se suspeita do gelo como fonte de contaminação, dificultando o rastreamento epidemiológico.



Contaminações químicas


Além dos riscos microbiológicos, o gelo também pode concentrar contaminantes químicos, principalmente quando é produzido a partir de água que não atende aos padrões de potabilidade. Exemplos incluem:

Metais pesados (chumbo, cádmio, arsênio);

Resíduos de produtos de limpeza usados em máquinas de gelo;

Compostos orgânicos provenientes de tubulações antigas ou mal conservadas.


Essas substâncias, mesmo em pequenas quantidades, podem gerar riscos crônicos, com efeitos cumulativos no organismo.



O impacto no setor de alimentos e bebidas


Para bares, restaurantes, lanchonetes, hotéis, hospitais e eventos, a utilização de gelo contaminado representa não apenas um risco à saúde pública, mas também um risco econômico e reputacional.


Um surto associado a bebidas ou alimentos refrigerados com gelo pode causar:

• multas e autuações pela vigilância sanitária;

• processos judiciais por parte de clientes afetados;

• perda de credibilidade junto ao público.


Portanto, a análise de gelo para consumo deve ser vista como uma medida preventiva estratégica.



Regulamentações e Normas Aplicáveis



O marco regulatório no Brasil


No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Ministério da Saúde são os principais órgãos responsáveis por estabelecer os padrões de qualidade para água e gelo destinados ao consumo humano.


Entre os documentos mais relevantes estão:

RDC nº 717/2022: dispõe sobre os padrões microbiológicos da água mineral natural, água adicionada de sais e gelo destinado ao consumo humano;

RDC nº 724/2022 e Instrução Normativa nº 161/2022: tratam dos critérios para controle microbiológico de alimentos, incluindo gelo;

Portaria GM/MS nº 888/2021: estabelece os padrões de potabilidade da água, que servem de base para a água utilizada na produção de gelo.


Essas legislações definem parâmetros como:

Ausência de coliformes totais e E. coli em 100 mL de amostra;

• Limites para outros microrganismos indicadores;

• Padrões físico-químicos (pH, turbidez, cor, teor de cloro residual, metais pesados).



Fiscalização e responsabilidade


A responsabilidade pela qualidade do gelo recai tanto sobre:

os fabricantes e distribuidores, que devem garantir boas práticas de produção, armazenamento e transporte;

• quanto sobre os estabelecimentos que utilizam gelo, devendo exigir laudos laboratoriais de seus fornecedores ou realizar análises periódicas.


A fiscalização é realizada pelas vigilâncias sanitárias municipais e estaduais, que podem coletar amostras em estabelecimentos comerciais para verificar conformidade.



Como funciona a análise laboratorial de gelo



Coleta e transporte da amostra


A análise começa na coleta, etapa crítica para garantir a confiabilidade dos resultados.

• O gelo deve ser coletado em recipientes estéreis, sem contato manual;

• A amostra é mantida em caixas térmicas e encaminhada rapidamente ao laboratório;

• A identificação correta (data, hora, local, tipo de gelo) é fundamental.



Ensaios microbiológicos


Os principais testes realizados incluem:

Coliformes totais e termotolerantes (E. coli): indicam contaminação fecal e má higiene;

Contagem de bactérias heterotróficas: avalia a qualidade geral da água de origem;

Pesquisa de patógenos específicos: Salmonella, Pseudomonas aeruginosa;

Vírus entéricos: em análises mais avançadas, aplicando biologia molecular (PCR).



Ensaios físico-químicos


Além da microbiologia, o gelo também é avaliado quanto a parâmetros físico-químicos:

pH;

Turbidez e cor aparente;

Metais pesados (chumbo, cádmio, arsênio);

Resíduos de desinfetantes (cloro, produtos de limpeza).


Essas análises permitem verificar não apenas se a água de origem era potável, mas também se houve contaminação posterior.



Interpretação e emissão de laudo


O laboratório compara os resultados com os limites estabelecidos na legislação. Se algum parâmetro estiver fora do padrão, o laudo indica não conformidade, orientando o solicitante a adotar medidas corretivas.



Consequências de resultados insatisfatórios


Quando uma análise aponta contaminação no gelo, os impactos são imediatos:

Na saúde pública: risco de surtos e infecções.

Na empresa: interdição de máquinas, autuações, necessidade de descartar lotes.

No processo: revisão de higienização, treinamento de equipe, troca de filtros e tubulações.


O ideal é que empresas não aguardem problemas para agir, mas sim implementem monitoramento contínuo, com análises periódicas em laboratórios acreditados.



Boas práticas para produção e conservação de gelo


1. Utilizar somente água potável como matéria-prima.

2. Realizar manutenção e higienização frequente de máquinas e reservatórios.

3. Evitar manipulação manual direta do gelo.

4. Armazenar em sacos plásticos próprios, lacrados e em freezers limpos.

5. Transportar em condições higiênicas, sem contato com superfícies contaminadas.

6. Realizar análises laboratoriais periódicas.



Serviços laboratoriais em análise de gelo


Nosso laboratório oferece análise de gelo para consumo, atendendo rigorosamente às legislações brasileiras.

Ensaios microbiológicos completos (coliformes, E. coli, Salmonella).

Ensaios físico-químicos (pH, turbidez, metais pesados).

Laudos técnicos confiáveis, com metodologia acreditada ISO/IEC 17025.

Atendimento a empresas do setor alimentício, hospitalar e hoteleiro, garantindo segurança e conformidade legal.


Ao contratar nossos serviços, você assegura não apenas a saúde de seus clientes, mas também a credibilidade e conformidade do seu negócio.


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Conclusão


O gelo, muitas vezes invisível no cotidiano, pode ser um dos maiores vilões da segurança alimentar quando não é produzido, armazenado e analisado corretamente.


A análise de gelo para consumo é uma ferramenta essencial para proteger a saúde pública, prevenir surtos e garantir que bares, restaurantes, hotéis e demais estabelecimentos atendam à legislação sanitária.


Investir nesse tipo de análise é investir em credibilidade, conformidade e saúde.



A Importância de Escolher o Lab2bio


Com anos de experiência no mercado, o Lab2bio possui um histórico comprovado de sucesso em análises laboratoriais.


Empresas do setor alimentício, indústrias farmacêuticas, laboratórios e outros segmentos confiam no Lab2bio para garantir a segurança e qualidade da água utilizada em suas atividades.


Evitar riscos de contaminação é um compromisso com a saúde de seus clientes e com a longevidade do seu negócio. Investir em análises periódicas é um diferencial que fortalece sua reputação e evita prejuízos futuro.


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FAQ


1. O que é análise de gelo para consumo?

Um conjunto de testes microbiológicos e físico-químicos que verificam se o gelo é seguro para ser ingerido.


2. Quais são os riscos do consumo de gelo contaminado?

Infecções gastrointestinais, intoxicações alimentares e exposição a contaminantes químicos como metais pesados.


3. Qual legislação regula a qualidade do gelo no Brasil?

Principalmente a RDC nº 717/2022, a RDC nº 724/2022, a IN nº 161/2022 e a Portaria GM/MS nº 888/2021.


4. Quem deve fazer a análise de gelo?

Fabricantes de gelo, bares, restaurantes, hospitais, hotéis e qualquer estabelecimento que utilize gelo em alimentos ou bebidas.


5. Com que frequência devo analisar o gelo?

Recomenda-se análises periódicas (mensais ou trimestrais), dependendo do porte do estabelecimento e exigências locais da vigilância sanitária.




 
 
 

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