Por que a análise de Aspergillus em hospitais é essencial para a segurança do paciente
- Enfermeira Natalia Balsalobre
- 8 de jul. de 2022
- 4 min de leitura
Introdução
O Aspergillus é um fungo amplamente presente no ambiente — presente no solo, vegetação em decomposição, umidade e ar.
Em hospitais, especialmente em áreas como Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), esses esporos podem entrar através do sistema de ar-condicionado ou durante obras, trazendo risco elevado a pacientes imunossuprimidos.
Estudos brasileiros confirmam a presença contínua de Aspergillus em diversos ambientes hospitalares.
Em um hospital público de São Paulo, 100 % das amostras coletadas em UTIs, postos de enfermagem e salas de medicamentos apresentaram crescimento fúngico, sendo que 74 % incluíram Aspergillus fumigatus.
Em 28 % das amostras, as concentrações estavam acima do recomendado.
Na Paraíba, um estudo identificou níveis de fungos (incluindo Aspergillus) em salas de obstetrícia quase quatro vezes acima do permitido pela Anvisa, com densidade chegando a 688 UFC/m³ e uma razão interior/exterior de até 5,7.
Porquê isso importa: pacientes vulneráveis, como os em tratamento oncológico ou que passaram por transplante, estão em risco elevado de aspergilose — uma infecção potencialmente mortal.
Vigilância ambiental rigorosa é indispensável para prevenir surtos e proteger vidas.

Métodos práticos e acessíveis de detecção e monitoramento
Coleta de ar e contagem por cultura
O método mais tradicional utiliza impactadores de ar (como o tipo Andersen) para capturar amostras em placas de Petri.
Após incubação, é possível quantificar fungos em UFC/m³. Estes métodos são confiáveis para avaliar níveis de Aspergillus e outras espécies.
Monitoramento contínuo e avaliação de controle
O monitoramento regular auxilia na detecção precoce de picos de contaminação, avaliando a eficácia de medidas como filtros HEPA e limpezas periódicas.
Riscos e padrões ambientais relevantes
Embora normas como as da Anvisa indiquem valores-limite para UFC/m³, muitos estudiosos apontam que esses limites ainda são permissivos demais no contexto hospitalar.
Sugere-se reduzir a relação interior/exterior para menos de 1,0 em hospitais, para garantir ambientes mais seguros.
As fontes mais críticas de contaminação são sistemas de ar-condicionado e climatização (HVAC), que sem manutenção podem se tornar reservatórios de esporos. Reformas e infiltrações agravam ainda mais esse cenário.
Em ambientes hospitalares, os gêneros fúngicos mais frequentes no ar incluem Aspergillus, Penicillium, Cladosporium, Fusarium e Candida — todos ligados a problemas respiratórios e infecções.
Boas práticas de controle ambiental acessíveis e eficazes
Filtragem HEPA e renovação de ar
Instalações de filtros HEPA no sistema de climatização são consideradas uma das medidas mais efetivas para impedir a entrada de esporos.
A higienização adequada dos componentes, como bandejas e dutos, reduz riscos biológicos substanciais.
Trocas de ar frequentes e manutenção preventiva
Ambientes hospitalares seguros devem manter trocas de ar superiores a 12 por hora — estudos mostram sistemas operando com até 44 trocas, o que reduz significativamente concentrações de bioaerossóis.
Pressão controlada em áreas críticas
Salas com pacientes imunossuprimidos devem operar com pressão positiva, filtrando o ar externo através de HEPA ou ULPA.
Já salas de isolamento exigem pressão negativa controlada para evitar a disseminação de agentes patogênicos.
Monitoramento, limpeza e educação contínua
Manter uma rotina de monitoramento da qualidade do ar, limpar regularmente os sistemas de climatização e educar comitês hospitalares sobre medidas de controle ajuda a construir uma defesa sustentável e eficaz.

Conclusão
A análise de Aspergillus em hospitais é muito mais do que um procedimento técnico — é uma estratégia de proteção essencial para pacientes com sistemas imunológicos fragilizados.
Monitoramento ambiental, técnicas precisas de identificação fúngica, renovação adequada do ar e controles ambientais inteligentes formam um sistema integrado de segurança que pode salvar vidas.
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📌 FAQ – Análise de Aspergillus em Hospitais
1. O que é a análise de Aspergillus em hospitais?
É um conjunto de testes laboratoriais e monitoramentos ambientais que avaliam a presença do fungo Aspergillus no ar e em superfícies hospitalares, especialmente em áreas críticas como UTIs e salas de isolamento.
2. Por que o Aspergillus representa risco em hospitais?
Porque seus esporos podem causar aspergilose, uma infecção grave em pacientes imunocomprometidos, como os que passaram por transplante ou estão em tratamento oncológico.
3. Como a análise de Aspergillus é realizada?
São utilizadas coletas de ar, cultivo microbiológico, identificação por métodos modernos como MALDI-TOF ou PCR, além de monitoramento periódico da qualidade do ar.
4. Quais são os principais sinais de risco ambiental?
Reformas, infiltrações, falhas em sistemas de climatização (HVAC) e ausência de filtros HEPA podem aumentar significativamente a concentração de esporos no ambiente.
5. Com que frequência os hospitais devem realizar essa análise?
O ideal é realizar análises periódicas, especialmente em áreas críticas, em períodos de reformas ou sempre que houver suspeita de contaminação.
6. O que acontece quando níveis elevados de Aspergillus são detectados?
São tomadas medidas corretivas, como higienização de sistemas de ar, manutenção preventiva, instalação de filtros HEPA e acompanhamento técnico para reduzir os riscos.
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