Por que fazer análise de água no prédio?
- Enfermeira Natalia Balsalobre
- 4 de jul. de 2024
- 5 min de leitura
Introdução
A qualidade da água consumida em edifícios residenciais e comerciais é um fator crucial para a saúde pública, segurança sanitária e preservação das instalações hidráulicas.
Embora muitos acreditem que a responsabilidade pela potabilidade da água se encerre com o abastecimento público, a verdade é que a qualidade pode ser comprometida dentro do próprio edifício, especialmente por falta de manutenção, limpeza de reservatórios e ausência de monitoramento laboratorial.
Neste artigo, vamos abordar por que é fundamental realizar análises periódicas da água nos prédios, quais parâmetros devem ser avaliados, como é feito o processo de coleta e interpretação dos resultados e, por fim, como o laboratório pode auxiliar na conformidade com as normas sanitárias e na segurança dos ocupantes.

A importância da análise de água em edifícios
A água é considerada potável quando atende aos padrões microbiológicos, físico-químicos e organolépticos estabelecidos pela Portaria GM/MS nº 888/2021, que define os procedimentos de controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano.
No entanto, mesmo que a água chegue potável ao prédio, ela pode se contaminar ao longo do sistema de armazenamento e distribuição interna.
Riscos de contaminação dentro do edifício
Após o ponto de entrada, a água passa por reservatórios e tubulações que, se não forem devidamente limpos e desinfetados, podem acumular:
Microrganismos patogênicos, como Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Legionella spp.;
Biofilmes bacterianos, que protegem as colônias microbianas contra desinfetantes;
Sedimentos e metais pesados, provenientes da corrosão de encanamentos antigos;
Resíduos químicos, como cloro residual em níveis inadequados, alterando o sabor e o odor da água.
A presença desses contaminantes representa risco direto à saúde dos moradores, podendo causar gastroenterites, infecções respiratórias e dermatológicas.
A responsabilidade do condomínio
De acordo com a legislação, o síndico ou responsável técnico pelo condomínio deve garantir a manutenção dos reservatórios e o monitoramento da qualidade da água.
O controle deve incluir análises laboratoriais periódicas, com frequência mínima semestral, ou sempre que houver intervenções no sistema hidráulico.
Essa prática não é apenas uma exigência legal, mas uma medida de segurança e prevenção sanitária.
Parâmetros avaliados na análise de água de prédio
A análise de água é composta por um conjunto de ensaios que verificam diferentes aspectos de qualidade.
Eles são divididos em três grandes grupos: físico-químicos, microbiológicos e indicadores organolépticos.
Parâmetros físico-químicos
Esses testes avaliam propriedades relacionadas à composição mineral e às condições físico-químicas da água, como:
pH – indica acidez ou alcalinidade, influenciando o sabor e a corrosividade;
Turbidez – mede partículas em suspensão, como argila ou matéria orgânica;
Cloro residual livre – deve estar dentro da faixa de 0,2 a 5,0 mg/L;
Condutividade elétrica – indica concentração de íons dissolvidos;
Cor aparente – relacionada à presença de ferro, manganês ou matéria orgânica;
Sólidos totais dissolvidos (STD) – excesso pode indicar contaminação.
Parâmetros microbiológicos
Os ensaios microbiológicos determinam se há presença de microrganismos patogênicos ou indicadores de contaminação fecal:
Coliformes totais e termotolerantes (E. coli) – indicam contaminação por fezes;
Pseudomonas aeruginosa – comum em reservatórios e biofilmes;
Legionella spp. – pode proliferar em sistemas de água quente, causando legionelose.
Parâmetros organolépticos
Análises de sabor, odor e aspecto visual são importantes, pois variações perceptíveis podem indicar alterações químicas ou microbiológicas.
Como é feita a coleta e análise laboratorial
A confiabilidade dos resultados depende de uma coleta realizada de forma técnica, seguindo protocolos estabelecidos pela ABNT NBR 9898:2022.
Etapas da coleta
1. Identificação do ponto de amostragem – geralmente, são coletadas amostras da saída do reservatório e dos pontos de consumo (como torneiras).
2. Higienização do ponto – a torneira é desinfetada e o fluxo estabilizado.
3. Coleta com frascos esterilizados – utilizados recipientes específicos para microbiologia e físico-química.
4. Conservação e transporte – as amostras são mantidas refrigeradas até a chegada ao laboratório, preservando sua integridade.
Processos laboratoriais
No laboratório, as amostras são submetidas a análises em equipamentos calibrados e sob condições controladas. Exemplos:
Espectrofotometria para cloro e cor;
Turbidimetria para turbidez;
Cultura em meios seletivos e teste de membrana filtrante para coliformes.
Os resultados são comparados com os limites máximos permitidos pela Portaria 888/2021, determinando se a água está própria para consumo.
Frequência recomendada e interpretação dos resultados
A periodicidade ideal da análise depende do tipo de edifício, número de moradores e histórico de manutenção.
Condomínios residenciais: recomenda-se análise a cada 6 meses.
Edifícios comerciais e hospitais: podem exigir análises trimestrais ou mensais, devido ao maior risco de exposição.
Em casos de reformas, contaminações ou odor estranho: deve-se realizar análise imediata.
Os relatórios laboratoriais indicam se os parâmetros atendem aos limites legais e incluem observações sobre possíveis causas de inconformidade, como presença de ferro, cloro insuficiente ou coliformes.
Benefícios de realizar análise periódica da água
1. Prevenção de doenças – identificação precoce de contaminantes microbiológicos.
2. Preservação das instalações hidráulicas – controle de corrosão e incrustações.
3. Conformidade legal – atendimento às exigências da Vigilância Sanitária.
4. Confiança dos moradores – transparência e segurança no abastecimento.
5. Redução de custos – evita danos a equipamentos e gastos com limpeza corretiva.
Como o laboratório pode ajudar
O laboratório oferece serviços especializados em análises de água para condomínios, com estrutura técnica completa para atender às exigências da Portaria GM/MS 888/2021.
Serviços disponíveis:
Coleta técnica e transporte adequado das amostras;
Análises físico-químicas e microbiológicas;
Emissão de laudos oficiais com interpretação dos resultados;
Orientações sobre limpeza e desinfecção de reservatórios;
Com o suporte do laboratório, o condomínio garante segurança, conformidade e qualidade da água consumida por todos.

Conclusão
Realizar a análise de água em prédios é mais do que uma obrigação legal: é um ato de responsabilidade coletiva.
A contaminação pode ocorrer em qualquer etapa do sistema hidráulico, e apenas o monitoramento técnico permite identificar riscos e adotar medidas corretivas a tempo.
A qualidade da água reflete diretamente na saúde dos moradores, na conservação das instalações e na credibilidade da gestão condominial.
Contar com um laboratório especializado garante resultados confiáveis, laudos técnicos completos e orientação para manter o sistema sempre em conformidade com as normas vigentes.
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FAQ - PERGUNTAS FREQUENTES
1. Com que frequência deve ser feita a análise de água do prédio?
Idealmente, a cada seis meses, ou sempre que houver intervenções no sistema hidráulico ou suspeita de contaminação.
2. Quais parâmetros são obrigatórios na análise?
Os principais são coliformes totais e termotolerantes, cloro residual, pH, turbidez, cor e sólidos dissolvidos.
3. Quem é o responsável pela análise?
O síndico ou responsável técnico pelo condomínio deve contratar um laboratório acreditado para realizar os testes.
4. O que fazer se a água estiver fora dos padrões?
Deve-se realizar limpeza e desinfecção dos reservatórios, corrigir falhas no sistema e repetir a análise após o procedimento.
5. O laboratório pode emitir laudos válidos para órgãos de vigilância?
Sim. O laboratório deve estar regularizado e seguir as normas da Portaria 888/2021, garantindo a validade dos resultados.





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