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Doenças Causadas por Água Contaminada: Riscos, Prevenção e Importância da Análise Laboratorial

Introdução


A água é essencial à vida. No entanto, quando contaminada, pode se transformar em um dos principais vetores de doenças infecciosas em todo o mundo.


Estima-se que milhões de pessoas sofram, todos os anos, com enfermidades causadas por microrganismos, substâncias químicas ou resíduos tóxicos presentes na água.


No Brasil, onde o clima tropical favorece o crescimento microbiano e a falta de saneamento básico ainda é uma realidade em muitas regiões, o tema torna-se ainda mais urgente.


Este artigo aborda, de forma detalhada e acessível, as doenças causadas por água contaminada, explicando como elas ocorrem, quais os principais agentes patogênicos envolvidos, os mecanismos de transmissão, sintomas e formas de prevenção.


Além disso, discutiremos a importância das análises laboratoriais de água na detecção de contaminantes e no controle da qualidade para consumo humano.


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Entendendo o que é Água Contaminada


A água contaminada é aquela que contém microrganismos patogênicos (bactérias, vírus, protozoários ou fungos), substâncias químicas tóxicas, metais pesados ou resíduos orgânicos em concentrações que oferecem risco à saúde humana.


Essa contaminação pode ocorrer de diversas formas, como:


  • Infiltração de esgoto doméstico em lençóis freáticos;

  • Descarte inadequado de resíduos industriais e agrícolas;

  • Deficiência nos sistemas de tratamento de água;

  • Acúmulo de sujeira e biofilme em reservatórios e caixas d’água;

  • Enchentes e inundações, que carreiam agentes patogênicos de solos e esgotos.


Mesmo pequenas quantidades de contaminantes podem causar grandes impactos à saúde, principalmente em crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas.



Tipos de contaminação da água


A contaminação pode ser classificada de acordo com o tipo de agente:


  • Contaminação biológica: causada por microrganismos patogênicos como Escherichia coli, Salmonella, Vibrio cholerae, Giardia lamblia, Cryptosporidium spp., vírus da hepatite A e enterovírus.

  • Contaminação química: presença de pesticidas, metais pesados (como chumbo, mercúrio e arsênio), nitratos e outros compostos tóxicos.

  • Contaminação física: ocorre quando há presença de sedimentos, cor, turbidez e sólidos em suspensão que comprometem a potabilidade.


Segundo o Ministério da Saúde (Portaria GM/MS nº 888/2021), a água para consumo humano deve ser isenta de coliformes totais e termotolerantes, ter ausência de E. coli, e manter parâmetros físico-químicos dentro dos limites estabelecidos.



Principais Doenças Causadas por Água Contaminada


A seguir, veremos as principais doenças associadas ao consumo ou contato com água contaminada, seus agentes etiológicos e formas de prevenção.



Diarreias infecciosas


As diarreias são o sintoma mais comum de contaminação hídrica. Podem ser causadas por diversos microrganismos, como Escherichia coli enteropatogênica, Salmonella, Shigella e Vibrio cholerae.


  • Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes humanas ou animais.

  • Sintomas: fezes líquidas, cólicas abdominais, náuseas, febre e desidratação.

  • Prevenção: consumo de água tratada e fervida, higiene adequada das mãos e alimentos, limpeza de reservatórios.



Cólera


Causada pela bactéria Vibrio cholerae, a cólera é uma doença epidêmica associada à falta de saneamento e à ingestão de água contaminada.


  • Sintomas: diarreia intensa, vômitos e rápida desidratação.

  • Riscos: pode causar choque hipovolêmico e morte em poucas horas, se não tratada.

  • Prevenção: abastecimento de água segura, saneamento básico e higiene alimentar.



Hepatite A


O vírus da hepatite A (HAV) é transmitido pela via fecal-oral, frequentemente através da ingestão de água ou alimentos contaminados.


  • Sintomas: fadiga, febre, dor abdominal, náusea e icterícia.

  • Prevenção: água tratada, higiene pessoal e vacinação.



Febre tifoide


A febre tifoide é causada pela bactéria Salmonella Typhi, encontrada em águas contaminadas por esgoto.


  • Sintomas: febre alta, dor abdominal, mal-estar e diarreia persistente.

  • Prevenção: saneamento, água potável e cuidados higiênicos.



Giardíase e criptosporidíase


Protozoários como Giardia lamblia e Cryptosporidium parvum são resistentes ao cloro, o que os torna uma preocupação mesmo em sistemas de tratamento convencionais.


  • Sintomas: diarreia, gases, fadiga e perda de peso.

  • Transmissão: ingestão de cistos presentes na água contaminada.

  • Prevenção: filtração eficiente e desinfecção adequada.



Leptospirose


Embora mais associada a enchentes, a leptospirose também é considerada uma doença de veiculação hídrica.


É causada pela bactéria Leptospira interrogans, presente na urina de roedores.


  • Sintomas: febre, dores musculares, icterícia e, em casos graves, insuficiência renal.

  • Prevenção: evitar contato com águas de enchente, controle de roedores e vacinação de animais.



Esquistossomose


Causada pelo parasita Schistosoma mansoni, transmitido por caramujos hospedeiros em águas doces contaminadas com fezes humanas contendo ovos do parasita.


  • Transmissão: penetração das larvas na pele durante o contato com a água.

  • Sintomas: coceira, febre, dor abdominal e aumento do fígado e do baço.

  • Prevenção: evitar banhos em rios suspeitos, saneamento e controle de caramujos.



Doenças químicas e tóxicas


Além de microrganismos, compostos químicos como nitratos, metais pesados e pesticidas também causam doenças graves.


A ingestão crônica de arsênio pode causar câncer de pele e bexiga; mercúrio e chumbo provocam danos neurológicos e renais.



Como a Contaminação Chega à Água


A origem da contaminação pode variar conforme o ambiente e as condições sanitárias. Entre as fontes mais comuns estão:


  • Esgoto doméstico e fossas sépticas sem vedação adequada;

  • Atividades agrícolas, com uso intensivo de agrotóxicos e fertilizantes;

  • Indústrias químicas e metalúrgicas, que liberam efluentes sem tratamento;

  • Depósitos de lixo próximos a nascentes e poços;

  • Reservatórios e caixas d’água mal higienizados.


Os microrganismos e contaminantes químicos podem se infiltrar no solo, atingindo lençóis freáticos e mananciais utilizados para abastecimento público.



O papel da turbidez e da matéria orgânica


Altos níveis de turbidez e matéria orgânica favorecem o crescimento microbiano e reduzem a eficiência da cloração.


Por isso, parâmetros físico-químicos são tão importantes quanto as análises microbiológicas para garantir a potabilidade da água.



Análises Laboratoriais e Monitoramento da Qualidade da Água


As análises laboratoriais são a ferramenta mais segura para identificar contaminações microbiológicas e químicas na água.


Elas permitem avaliar tanto a eficácia do tratamento quanto a segurança para o consumo humano.



Análises microbiológicas


Essas análises buscam detectar microrganismos indicadores de contaminação fecal, como:


  • Coliformes totais e termotolerantes;

  • Escherichia coli;

  • Enterococos;

  • Clostridium perfringens (indicador de contaminação antiga);

  • Pseudomonas aeruginosa, relevante em águas de sistemas hospitalares e piscinas.


As metodologias mais utilizadas incluem:


  • Filtração em membrana;

  • Número mais provável (NMP);

  • Cultivo em meios seletivos;

  • Métodos rápidos moleculares (PCR e qPCR).



Análises físico-químicas


Complementam o diagnóstico microbiológico, avaliando parâmetros como:



Essas medições seguem os padrões da Portaria GM/MS nº 888/2021, que regulamenta a potabilidade da água no Brasil.



Importância da periodicidade das análises


Apenas análises pontuais não garantem segurança. A contaminação pode variar com as estações do ano, com o volume de chuvas e com alterações na rede de abastecimento.


Por isso, monitoramentos regulares são indispensáveis — especialmente em poços artesianos, reservatórios de condomínios, instituições de saúde, indústrias alimentícias e escolas.



Prevenção e Controle: Medidas Práticas


Tratamento da água


Os métodos mais utilizados incluem:


  • Filtração e decantação: remoção de partículas sólidas e sedimentos;

  • Cloração: desinfecção química eficaz contra a maioria das bactérias e vírus;

  • Ozônio e radiação UV: tecnologias modernas de desinfecção;

  • Fervura doméstica: método simples e eficaz em situações emergenciais.



Higienização de reservatórios


A limpeza de caixas d’água deve ocorrer a cada seis meses, com escovação das paredes e aplicação de hipoclorito de sódio na proporção correta.



É essencial vedar o reservatório para impedir a entrada de insetos e pequenos animais.



Educação e conscientização


A educação sanitária é uma das principais estratégias para reduzir doenças hídricas.


Ensinar a comunidade sobre o uso racional da água, descarte correto de resíduos e importância das análises laboratoriais é fundamental.



O Papel dos Laboratórios na Proteção da Saúde Pública


Os laboratórios especializados em análises de água têm papel essencial na prevenção de doenças causadas por contaminação.


Por meio de técnicas microbiológicas, químicas e moleculares, é possível:


  • Detectar a presença de patógenos antes que causem surtos;

  • Monitorar a eficácia de sistemas de tratamento;

  • Avaliar a potabilidade e conformidade legal da água;

  • Emitir laudos técnicos que asseguram qualidade e confiança.


Nos ambientes industriais e hospitalares, esse controle é ainda mais rigoroso, evitando que sistemas de refrigeração, caldeiras e torres de resfriamento se tornem fontes de contaminação.



Serviços oferecidos pelo laboratório


O laboratório realiza:


  • Análises microbiológicas de água potável, mineral e de poço;

  • Detecção de patógenos como E. coli, Salmonella, Pseudomonas, entre outros;

  • Determinação de parâmetros físico-químicos conforme legislação vigente;

  • Emissão de laudos técnicos e relatórios interpretativos;


Esses serviços são fundamentais para garantir confiabilidade, segurança e conformidade legal, tanto para uso doméstico quanto industrial.


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Conclusão


As doenças causadas por água contaminada continuam sendo uma das maiores ameaças à saúde pública, especialmente em locais onde o saneamento básico é deficiente.


A prevenção depende de um conjunto de ações: tratamento adequado da água, educação sanitária, infraestrutura segura e, sobretudo, análises laboratoriais regulares.


Garantir a qualidade da água é garantir saúde, segurança e qualidade de vida.


O laboratório atua de forma técnica e responsável na análise e monitoramento da potabilidade, contribuindo diretamente para o controle de doenças de veiculação hídrica e para o cumprimento das exigências legais.



A Importância de Escolher o Lab2bio


Com anos de experiência no mercado, o Lab2bio possui um histórico comprovado de sucesso em análises laboratoriais.


Empresas do setor alimentício, indústrias farmacêuticas, laboratórios e outros segmentos confiam no Lab2bio para garantir a segurança e qualidade da água utilizada em suas atividades.


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FAQ — Doenças Causadas por Água Contaminada


1. Como saber se a água está contaminada?

A contaminação nem sempre altera o sabor, cor ou odor. Somente uma análise laboratorial pode confirmar a presença de microrganismos ou substâncias tóxicas.


2. Posso beber água de poço sem tratamento?

Não. Mesmo águas cristalinas podem conter coliformes ou metais pesados. A potabilidade deve ser avaliada periodicamente por laboratório especializado.


3. Quais são os primeiros sinais de intoxicação ou infecção?

Diarreia, febre, náuseas, dores abdominais e vômitos. Em casos mais graves, icterícia, desidratação ou problemas renais.


4. Fervura elimina todos os microrganismos?

A fervura é eficaz contra a maioria dos patógenos, mas não remove contaminantes químicos. Para segurança completa, é necessária análise e tratamento adequados.


5. O laboratório pode coletar amostras no local?

Sim. O laboratório realiza coletas técnicas em domicílios, poços e empresas, seguindo protocolos que asseguram a integridade da amostra e a confiabilidade dos resultados.




 
 
 

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